Em entrevista ao jornal espanhol "El País", o fundador do Wikileaks, Julian Assange, garantiu que recebe constantes ameaças de morte, normalmente por parte de membros das Forças Armadas dos Estados Unidos.
Durante a conversa, Julian Assange contou pormenores dos dias que passou na prisão. "Fui transferido três vezes e, ao contrário dos outros detidos, a minha cela estava sempre fechada. Perto da minha cela estavam pedófilos que gritavam toda a noite e falavam sobre os seus crimes", acrescentou. As autoridades acabaram por optar pela transferência para outra zona com medo que fosse atacado, devido à curiosidade que suscitava nos outros presos. Também alguns polícias se mostravam fascinados com a sua presença. Um dos guardas entregou-lhe um papel no qual estava escrito: "Só tenho dois heróis neste mundo: Martin Luther King e você".
Para passar o tempo na prisão fazia exercício, escrevia notas sobre o Wikileaks para entregar aos seus colegas e leu o "Cancer Ward" de Alexandr Soljenitsin.
Questionado sobre as suspeitas de abuso sexual, Assange garante: "Nunca tive relações sexuais com ninguém sem o seu consentimento".
O australiano contou, ainda, que deixou um dente na prisão, num dia em que comia um prato de arroz com feijão e encontrou um pedaço metálico no meio da comida. "Não sei se foi ali colocado ou se foi um acidente", disse. O dente acabou por desaparecer da sua cela e Assange ironiza: "Deve estar à venda no eBay".
Fonte: ionline
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