A diplomacia norte-americana trabalhou para obter do Brasil um apoio às ações militares da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em várias partes do mundo. A revelação conta de documentos produzidos pelo governo dos Estados Unidos e obtidos pelo site WikiLeaks.
Um dos telegramas secretos, enviado ao Departamento de Estado em 15 de fevereiro de 2007, narra um jantar oferecido pelo embaixador Clifford Sobel ao ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Armando Félix, e ao subchefe-executivo, o General-de-Divisão Rubem Peixoto Alexandre.
Neste encontro, o norte-americano solicita um encontro entre Dilma Rousseff, então ministra-chefe da Casa Civil, e o advogado-geral americano. Na pauta, a perspectiva de o Brasil colaborar com a Otan, aliança militar que inclui países da Europa e os Estados Unidos.
Neste encontro, Félix se mostrava favorável a uma participação do Brasil na Otan e chegou a proferir uma comentário enfático a respeito.
"Felix disse que os brasileiros devem encarar o fato de que ’um preço deve ser pago’ para obter um papel de liderança global. O Brasil deve estar disposto a modernizar e empregar suas forças em operações internacionais e confrontar a perspectiva de ’sacos de corpos retornando’”, comentou Sobel no telegrama.
O general diz ainda, segundo o documento, que uma cooperação próxima com a Otan seria vista positivamente pelos militares brasileiros, que compartilham a sua visão.
Fonte: eBand
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